Geografia 1º Ano

 1 ANO

CONTEÚDO: DINÂMICA DO ESPAÇO NATURAL


Olá pessoal! Tudo bem? Hoje vamos iniciar o estudo dos conteúdo do programa do 2ª bimestre. É importante, desde já, observamos que os conteúdos são da geografia físicas. Nesta seção vamos trabalhar mais a questão geossistêmica, e individualmente cada um dos objeto de estudos das ciências afins mais ligadas aos elementos que compõem a natureza: solo, relevo (rochas), água, clima.

O nosso conteúdo de estudo é a DINÂMICA DO ESPAÇO NATURAL

E o seu detalahamento é:
-Teorias da formação da Terra;
      -Criacionismo;
      - Evolucionismo;
A Terra: características, evolução e estrutura:
      - Camadas


A estrutura geológica.
- Eras geológicas;

ASSUNTO: Teorias da Foração da Terra
Objetivos da aula:


Noções preliminares:
 As teorias sobre a formação daTerra bem como do universo é um assunto que não tem tanta tradição a serem cobrados pela bancas de vestibulares do país em relação a Geografia. Mas, isso não quer dizer que esse assunto não pode ou venha ser cobrados de forma interdisciplinados em conteudos cobrados em outras disciplinas como em Biologia, Química e Física e até mesmo em assunto da atualidade. Por isso, vale a pena, você, prestar o máximo de atenção na aula de hoje. Certo?

O que é que você precisa entender sobre esse assunto?

1º - abordagem conceitual de cad uma das teorias;
-destacando as base epsistemologica de cada abordagem:
- suas ideias ou conceitos

2º - diferenciar uma da outra

No inicio desse ano, você aprendeu que as transformações nas paisagens da Terra, isto é, no espaço geográfico vêm acontecendo desde a sua origem.


- Mas, qual a origem do Universo?

Essa é uma das perguntas mais intrigantes que alguém pode nos fizer.

- Você sabe qual é a origem de tudo que existe?

- Como surgiu o Universo, a Terra e até mesmo a origem do próprio homem?
A respeito da Origem da Terra e do Universo, serão apresentadas duas: Uma de caráter religioso, que entendem a criação da Terra como Obra de Deus ou de outros seres superiores, e outra de caracter científíco que se apóia nos achados científicos, como as descobertas de fósseis e outras evidências, para explicar a origem/evolução do planeta.

A explicação religiosa sobre a origem da Terra:

Cada explicação religiosa apresenta particularidades, pois está relacionada à cultura da sociedade que a formulou. No texto a seguir, você poderá constatar isso. O texto foi retirado do Gênesis (um livro do Antigo Testamento, que compõe a Bíblia):
FONTE: GEOGRAFALANDO

Introdução à ciência geográfica

Objetivos da aula:
• Entender a Geografi a como uma ciência dinâmica;
• Despertar para a utilização da geografia como mecanismo de análise do espaço
geográfico considerando seus aspectos naturais e sociais.

Olá! pessoal !!! Tudo bem?

Hoje vamos iniciar o nosso primeiro assunto de geografia. Nessa aula vamos aprender o significado palavra geografia(etimologia), sua abordagem conceitual, objeto e objetivo de estudo. Além de sua divisão didádica com suas respectivas ciências afins e por fim apresentaremos o seu método de estudo ou pesquisa.
Então vamos lá... 

1. - Noções preliminares:

A geografia é uma ciência dinâmica por ser composta em seu objeto de estudo por agentes naturais e agentes sociais.
Nesse sentido é importante saber o que é um agente natural e um agente social.
- O que seria um agente natural: Tudo e qualquer elemento criado pela natureza como: o clima, a água, o relevo, os solos, a vegetação, a fauna etc..
- O que seria um agente social; A próprias sociedade, e nela , as relações de poder, conflito(levando em consideração dominados e dominadores). Sejam de cunho político, econômico ou social.  

Importante Saber


 Todos esses agentes e seus elementos estão em constantemente se relacionando e por isso estão sempre se modificando e se transformando mas, além de se modificarem e se transformarem eles modificam e transformam as paisagens dos lugares.

Assim, podemos afirmar que:

Todos estes elementos constituem a base do estudo da geografia.
estes agentes e seus elementos se encontram devidamente organizados nos diferentes campos da ciência geográfica.
São eles que formam o objeto de estudo da geografia.

Agora podemos descrever: o que significa etmologicamente a palavra geografia, conceito, objeto e objetivo de estudo, divisão dessa ciência, e por fim seu método de estudo ou pesquisa.
  

2. - Etimologia (Grego)

Qual é o significado da palavra Geografia?
 
Geografia= Geo + Graphen 
 Geo significa  = Terra + Graphen significa =  Descrever
Então significa: Descrição da Terra

 Obs.: Palavra criada pelo filosofo grego Eratóstenes (diretor da Biblioteca de Alexandria) no sec. III a.C.

3. - Conceito:

Em termos conceituais ela é uma ciência que estuda as diferentes paisagens de lugar para lugar na superfície terrestre. Esse estudo implica não só em descrever, mas interpretar e analisar a interação de todos os elementos (naturais e humanos) que constituem essas paisagens dos lugares. Então ela é dinâmica (porquê as paisagens mudam).

Dessa forma a geografia é o estudo das relações e combinações dos agentes naturais e sociais que compõem o espaço geográfico que é o objeto de estudo da geografia.

4. - Objeto de estudo da geografia:

Devido a geografia ser uma ciência que se compõem de agentes naturais e sociais. O seu objeto de estudo não é outra coisa se não todo e qualquer espaço em que o homem habita e nele constrói as suas relações de poder entre si e os outros e com a natureza

5. - Objetivo de estudo da geografia:

- Localizar e explicar as interrelações entre o homem e o meio.
- interpretar as características das paisagens;
- Compreender a organização do espaço e os fenômenos neles produzidos.

6. - Divisão de Geografia:

devido o seu objeto de estudo ser composto por agentes naturais e sociais a geografia possui algumas divisões para melhor estudar e entender o espaço geográfico.
Por isso, a geografia encontra-se organizada em dois grandes blocos, a saber:

A geografia física e a geografia humana   
Observe o gráfico a baixo:
Obs.: Essa divisão é apenas didática

7. - Ciências afins:

Para dá conta do estudo (analise e compreensão) dos fenômenos geográficos que ocorrem na superfície terrestre. A  geografia nos seus dois ramos (Física e Humana) necessita do auxílios de outras ciências para lhe auxiliar na sua tarefa de investigação geográfica. Por isso ela conta com o apoio das ciências:
Atividade de fixação:
01. Qual o objeto de estudo da Geografia?

(A). Interpretação de Mapas.
(B). Descrição dos Lugares.
(C). Observação da Paisagem.
(D). Estudo do Espaço Geográfico.
(E). Saber todos os nomes de países e capitais.

02. Assinale a opção CORRETA em relação ao conceito de Paisagem.
(A). Paisagem representa o que ouvimos de um determinado lugar.
(B). Paisagem é uma fotografia de um lugar só com características naturais.
(C). Paisagem é o que vemos e observamos de um lugar.
(D). Paisagem geográfica é apenas um quadro bonito de um lugar.
(E). Paisagem representa apenas os aspectos sociais e humanizados de um determinado lugar.


03. Onde surgiu o conhecimento Geográfico?

(A). No mundo Árabe.
(B). Na América.
(C). No Brasil.
(D). Na Grécia Antiga.
(E). Nos Estados Unidos.

Gabarito:





Espaço Geografico:

Objetivos da aula:

- Distinguir definições de espaço geográfico da definição de espaço sideral; 
- Conhecer os elementos que compõem o espaço geográfico; 
- Saberem que fazem parte da construção do espaço geográfico como agentes  
diretos modeladores do espaço que os cerca.

- Compreender que as análises e os estudos geográficos do espaço se realizam em uma perspectiva dialética de tempo e espaço e que o antigo e o novo interagem no processo de mudança, percebendo que esta herança espacial ajuda a entender a organização do espaço. ;
- Compreender, que o espaço é uma acumulação desigual de tempos e que se a lógica que o criou mudar, partes dele podem se transformar em um obstáculo e devem ser substituídos por novos objetos ou reaproveitados a partir de uma nova lógica.


OláPessoal!! Tudo bem? Hoje falaremos sobre noções básicas de algumas categorias geoespacias. Nessa aula você vai aprender diferenciar os principais conceitos da ciência geográfica.

NOÇÔES PRELIMINARES:


Toda ciência é formulada por conceitos. A linguagem geográfica necessita da formulação de conceitos-chave como pré-requisito para a análise dos fenômenos geográficos.Tomando a sociedade como objeto de estudo da Geografia apontamos seus 5 conceitos fundamentais:
- LUGAR (espaço cotidiano);
- PAISAGEM (porção do espaço que vejo e sinto);
- ESPAÇO GEOGRÁFICO (espaço transformado);
- TERRITÓRIO (espaço de poder);
- REGIÃO (espaço diferente).
Todos eles guardam forte grau de parentesco entre si, pois todos se referem a ação humana modelando o Espaço. São ferramentas de análise do espaço geografico.


Espaço:


O espaço na Geografia (em outras ciências é diferente), é o espaço concebido como uma porção especifica da superfície da Terra, cuja interação entre natureza e ser humano, reflete na reprodução social e na construção da paisagem. Então o espaço que estamos nos referindo não é o espaço sideral, mas sim o espaço objeto de estudo da Geografia.

Dessa forma, o espaço geográfico é o espaço construído através da transformação do mesmo pelo homem (relação sociedade-espaço).Onde a sociedade apropria-se do meio natural, transformando-o construindo o espaço geográfico ao longo da história da humanidade.

Ele pode ser visto como sendo o conjunto de lugares, com diferentes naturezas, que passaram por diferentes processos históricos e unidos por uma complexa rede de relações.




O espaço geográfico tem vida e movimento, diferente da PAISAGEM que é estática como uma fotografia. Ele é a união dos elementos naturais e culturais-sociais (homem) em movimento (trabalho). É como um filme.
Ele é a organização espacial, porque resulta do trabalho do homem sobre a natureza

OBS: A paisagem não é espaço, pois se tirarmos a paisagem de um determinado lugar,o espaço não deixará de existir.


Dessa forma:
O Espaço Natural é aquele produzido pela ação da própria natureza através de três principais elementos: climáticos, edáfi cos e bióticos. Esse espaço não sofreu nenhuma intervenção humana, os elementos estão muito ligados entre si e possuem uma forte interação, criando uma interdependência entre esses elementos.
O Espaço Humanizado é o produto da interação entre o homem e a natureza, onde os grupos humanos a transformam ao longo da história para adaptá-la às suas necessidades, podendo construí-la ou destruí-la, segundo seus interesses. Vejamos que há uma semelhança muito grande desta defi nição com a de Espaço Geográfico, logo chegamos a conclusão de que o objeto de estudo da Geografi a também pode ser chamado de Espaço Humanizado.
As modificações que o homem tem realizado são hoje muito mais fortes e rápidas.
Com o aumento da tecnologia, com a facilidade de comunicação e transporte o mundo
tem sofrido impactos e processos muitas vezes mais destrutivos do que modeladores,
cabe a nós refl etirmos como será nossa participação na construção de nosso espaço
humanizado e que legado deixaremos para gerações futuras.
Atividade de Fixação:

Paisagem Geográfica

Objetivos da aula:
- Identificar paisagens.
- Compreender que o homem altera o espaço onde vive de acordo com suas necessidades e ao longo do tempo.
- Refletir a respeito da importância da ação humana na transformação das paisagens.
- Diferenciar paisagem de espaço geográfico.


Olá pessoal! Tudo bem? Hoje vamos estudar um assunto muito importante trata de uma das categorias espacial no estudo da ciência geográfica muito trabalhada na análise geográfica. Estamos falando do conceito PAISAGEM.
Vocês sabem o que é Paisagem?
A paisagem, é a representação visível de vários aspectos do espaço geográfico.
Quais Aspectos?
- Naturais(clima, relevo, solo etc...)
- Sociais (a própria sociedade e as relações de poder construídas nela.)
Exemplificando:
Quando estou diante de um espaço eu percebo o que está a minha frente, usando os meus sentidos sensórios.
Agora como é que ocorre isso?
Ora! Usando: - os meus olhos para visualizar as cores, os movimentos e formas produzidas pelos elementos naturais e sociais; - os meus ouvidos para escutar os sons produzidos pelos elementos naturais e sociais; - o meu nariz para sentir os odores produzidos pelos elementos naturais e sociais.

Assim a paisagem é formada não apenas de IMAGEM mas, também de cores, movimentos, odores e sons...

IMPORTANTE: Para que essa representação seja um DADO GEOGRÁFICO eu preciso levar em consideração nessa representação AS RELAÇÔES DE PODER que ocorrem dentro do espaço geográfico.

Quais relações?
As relações econômicas e sociais que permeiam a relação: HOMEM/NATUREZA/ESPAÇO.

OBSERVAÇÂO IMPORTANTE:
Observa-se que neste caso, a paisagem pode sofrer vários tipos de interpretações. Por quê? ela está sujeita a subjetividade dos sujeitos e cada um desses sujeitos poderão interpretá-la de forma diferente. Isso porque os nossos pontos de vistas sobre o mundo não são o mesmo.

Concluindo: Então nesse aspecto ela, a paisagem, não é estática, mas isso não quer dizer que ela é dinâmica.

Por que pessoal? Porque ela é como uma fotografia (ela não é fotografia) é como ela fosse um “recorte” do espaço geográfico sem movimento. Nesse sentido ela é a porção visível do lugar (sobre o que desse lugar?) de seus aspectos naturais e sociais, que podemos VER, isto é, que a visão pode alcançar (ao vivo e a cores).

Dessa forma podemos definir PAISAGEM como o DOMÍNIO do VÍSUAL.

Assim: Paisagem é Tudo aquilo que nossa visão alcança que se caracterizam pela combinação de suas combinações, homogeneizada em sua essência, forma, cor, odor e sentimento de quem a observa. Esta pode ser definida como o domínio do visível, aquilo que a vista abarca. “Sua dimensão é a dimensão da percepção, o que chega aos sentidos” (SANTOS, 1988).

RESUMINDO:
- Espaço geográfico a coisa em si.
- Paisagem é o resultado do que vejo, no ato de perceber as característica do espaço.

Assim visívelmente posssível diferenciar ESPAÇO de PAISAGEM.

Lembrem-se que na aula passada conceituamos o espaço como sendo uma porção especificada da superfície da Terra, cuja interação entre natureza e ser humano, reflete na reprodução social e na construção da PAISAGEM (imagem que é algo visual).

Dessa forma, o espaço geográfico é o espaço construído e reconstruído pelos agentes naturais e sociais através da transformação do mesmo pelo homem (relação: sociedade/espaço). Isto é, o espaço é algo que tem vida e movimento. Diferente da PAISAGEM que é estática como uma fotografia, ele, o espaço, é como um filme. Ou seja, é a união dos elementos naturais e sociais ou culturais (homem) em movimento (trabalho).

PORTANTO:
A paisagem não é espaço, pois se tirarmos a paisagem de um lugar, o espaço não deixa de existir.

IMPORTANTE SABER:

Na análise do espaço geográfico a paisagem no ensino de geografia tem RELEVANTE importância. É importantíssima porque, Segundo ALMEIDA & RIGOLIN (2005), é nas paisagens que estão inseridos todos os elementos presentes no espaço geográfico: os elementos naturais (vegetação, relevo, clima, etc) e os elementos humanos ou culturais (que são os produzidos pela sociedade: carros, edifícios, estradas, etc). Portanto considera-se paisagem a imagem resultante da síntese de todos os elementos presentes em determinado local.  Assim: A paisagem é formada por diferentes elementos que podem ser de domínio natural, humano, social, cultural ou econômico e que se articulam uns com os outros.

IMPORTANTE:

Quando observamos um lugar, podemos descrever os elementos que formam a paisagem desse lugar: florestas, campos, indústrias, vilas, etc. No entanto, para que essa paisagem possa ser vista como dado geográfico, temos que estabelecer as relações econômicas e sociais, responsáveis pelo "retrato" de um lugar no espaço geográfico (a paisagem). Como conseqüência, as paisagens modificam-se, conforme as relações econômicas e sociais que ocorrem nesse espaço.
ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Geografia.2. ed.São Paulo: Ática, 2005. (Série Novo Ensino Médio - V. único)

Atividade de Fixação:

1. Assinale a opção INCORRETA em relação às características da Paisagem:
a) As paisagens representam apenas elementos naturais de um determinado lugar.
b) A Paisagem é tudo o que os nossos olhos vêem de um determinado local.
c) As paisagens mudam.
d) As paisagens podem ser bonitas ou feias.

2. A paisagem em que predominam os aspectos originais da natureza como a vegetação, o relevo e a hidrografia é chamada de paisagem natural. Assinale a alternativa abaixo que contenha apenas paisagens naturais.

a) Rodovia, edifícios e represa
b) Geleira, floresta e conjunto de montanhas
c) Hidrelétrica, cidade e lago
d) Cachoeira, lago e loteamento

3. O espaço geográfico é composto por “formas visíveis” e “formas invisíveis”. Assinale a alternativa abaixo que contenha apenas “formas invisíveis” do espaço geográfico.

a) Rodovias e legislação
b) Hidrelétricas e praias
c) Fluxo de comunicação e fluxo de informação
d) Fábricas e fluxo de informação

4. Assinale a opção INCORRETA em relação as características do Espaço Geográfico:

a) Espaço geográfico é que predominam os aspectos originais da natureza.
b) Lugar é a parte do espaço geográfico onde vivemos e interagimos com a paisagem.
c) O espaço geográfico é a natureza transformada pelos seres humanos, por meio de seu trabalho ao longo da história.
d) Para entendermos o espaço geográfico faz-se necessário compreender a sociedade que o criou e continua a transformá-lo ao longo do tempo.

5. Leia o trecho da música Paisagem da janela, de Beto Guedes, e responda ao que se pede:

Da janela lateral do quarto de dormir
Vejo uma igreja um sinal de glória
Vejo um muro branco e no voo um pássaro
Vejo uma grade e um velho sinal.

Mensageiro natural, de coisas naturais
Quando eu falava dessas cores mórbidas
Quando eu falava desses homens sórdidos
Quando eu falava deste temporal...

De acordo com o trecho da música, assinale a alternativa que contém apenas elementos culturais.

a) “...no voo um pássaro...”
b) “...Vejo uma igreja um sinal de glória...”
c) “...de coisas naturais...”
d) “...Quando eu falava dessas cores mórbidas...”





Observa-se que ela sofre alterações do meio ao longo do tempo e espaço. Assim a   paisagem   é   dinâmica


Você sabe por que ela se altera ao longo do tempo?


Na observação do espaço observamos que existem  fatores de desequilíbrio que modificam o espaço assim também ocorrerá com a paisagem pois ela é um "retrato" do espaço.


Quais são esses fatores então?


Eles estão distribuídos em duas categorias. A saber: naturais e humanos. veja o gráfico abaixo:



Agora poderíamos perguntar-nos Será que ainda existem paisagens naturais?


Muitas vezes as atividades humanas conseguem interferir em paisagens que encontram-se a milhares de quilômetros de distância e sua influência é visível. Muitas vezes manifesta-se de forma negativa. Como por exemplo, o que ocorre no continente da Antártida.

PAISAGEM E O TEMPO
Observe os retratos do espaço geográfico que se seguem:


Você consegue identificar quias foram os tipos de impactos sofrido na paisagem acima ao longo do tempo?


Só observar os tipos deimpactos não nos revela lá grandes coisas. Precisamos estabelecer as relações de poder existentes do lugar, que a paisagem representa. Certo?


Observe que as transformações ocorridas durante o tempo significou a apropriação do homem sob a natureza, ao qual através da ação e do planejamento a resultante maior foi o trabalho.


Veja que quando a natureza fica exposta a serviço da produção, a organização do espaço passou a ser determinada pelas relações sociais, de poder e dominação de um grupo sobre o outro.


Vejamos mais um exemplo:


Bons estudo!!!

  categórias geoespaciais:  LUGAR, REGIÃO e TERRITÓRIO
Objetivos da aula:
- Compreender os conceitos de lugar, região e território e suas importancias no estudo dos fenômeno geográficos;
- Relacionar espaço cotidiano, ao conceito de lugar como base fundamental para a existência humana;
- Compreender que o conceito de Região está associado a ideia de uma porção especifica do espaço geográfico e que este está correlacionado com a ideia de continuidade e contiguidade definindo e delimitando uma determinada área por e a partir de características semelhantes, que podem ainda variar conforme as escolas geográficas;
- Entender que o conceito deTerritório é um espaço definido e delimitado por e a partir das relações de poder, (dominação e conquista) que se instalam no espaoço geográfico ao longo do tempo.


Olá pessoal! Tudo bem? Hoje vamos dá continuidade ao assunto estudado, ou pelo menos iniciado na semana passada. Trata-se das categorias geoespaciais. Na aula passada aprendemos diferenciar: Paisagem de espaço geográfico . Nessa aula vamos conhecer mais algumas categorias geoespaciais.

Então vamos lá!!!

Iniciaremos a nossa aula com o conceito de LUGAR.
O que é Lugar? Numa palavra: podemos dizer que lugar é o e espaço cotidiano.
E o que é que eu entendo por espaço cotidiano?
Você sabe?

Podemos dizer que ele é a porção da superfície terrestre que nos é familiares, que faz parte da nossa vida, que nos dá identidade própria e nos permitem estabelecer relações com lugares diferentes no resto do mundo.

DESSA FORMA:

É o espaço base da reprodução da vida (vivência afetiva) e pode ser analisado pela tríade:
Habitante - identidade- lugar.

Nesse sentido, lugar é a porção do espaço apropriado(apropriação) pela e para vida humana, que é o espaço vivido, experimentado, reconhecido e concebido como próprio de cada indivíduo e no qual o ser humano cria identidade como individuo cultural e se e relaciona com os outros indivíduos e grupos de uma mesma cultura através de laços afetivos com esses seus iguais culturalmente.
Assim o conceito de lugar, está ligado à relação HOMEM/AMBIENTE, e ele é portanto, a base fundamental para a existência humana como, experiência ou “centro de significados” , isto é, o centro onde são experimentados os eventos mais significativos de nossa existência : o viver e o habitar, o uso e o consumo, o trabalho e o lazer etc..

Vamos agora ver e analisar o conceito de Região

Bem! REGIÃO é uma área (porção do espaço geográfico) que foi separada, através de um critério, por possuir semelhança em comum.

Exemplificando:
- Região Sudeste do Brasil;
- Região do Vinho na França.
- Região da serra da Ibiapaba no Ceará
- Região do Euro na Europa. Etc..


Isto é, é um porção do espaço geográfico que está correlacionado com continuidade e contiguidade (vizinhança), possuindo delimitação e características semelhantes, que podem ainda variar conforme as escolas geográficas.

Por último falaremos do conceito de Território. Bem! o que é um território?

Território é um espaço definido e delimitado por e a partir das relações de poder, dominação e apropriação que nele se instalam.

OBS.: Lembres-se que Região é diferente de Território
Por que?
Veja que agora já não estamos mais falando da divisão simples com o natural, mas sim de uma divisão com a noção de divisão social.
Exemplificando:

São exemplos clássicos de demarcação de território:
- a cerca (agropecuária)
- e o muro Indústrias e residência

Concluindo:
Então TERRITÓRIO é a relação entre os agentes sociais, políticos e econômicos interferindo na gestão do Espaço Geográfico, pelo Poder, seja uma dominação material (terra) ou simbólica ( cultural).


Assim o conceito de território está ligado noção de poder, dominação e conquista. O território é todo espaço definido e delimitado por e a partir de relações de poder, podendo ser contíguo ou fragmentado, variando de um quarteirão dominado por uma quadrilha de traficantes e/ou até um bloco constituído pelos países membros da OTAN.
OBS:O Espaço Geográfico é anterior ao Território
Ex1: pode ser desde um país, um quarteirão dominado por uma quadrilha de traficantes ou até um Bloco Econômico constituido pela União Européia.

Ex:Também pode ser um simples elevador de serviço (pobres) x o elevador social (ricos).

Importante:
É possível existir um território sem nação?
Sim!!! Ex: Antártida

É possível existir uma nação sem território?
Sim !!! Ex: nação, povo curdo, povo basco

Exercícios de Fixação:

1) O conceito geográfico associado ao plano do cotidiano, do vivido e do indivíduo é:

a) a Região                                   b) o Lugar                   c) o Território                                                 
d) o Espaço Geográfico              e) a Paisagem

2) O conceito geográfico associado a tudo aquilo que a visão alcança e é interpretado pelo nosso conhecimento pessoal:

a) a Região                                 b) o Lugar                   c) o Território                                                  
d) o Espaço Geográfico             e) a Paisagem

3) O conceito geográfico associado a separação de uma área do todo através de um critério por suas semelhanças:

a) a Região                                   b) o Lugar                   c) o Território                                                  
d) o Espaço Geográfico                e) a Paisagem

4) O conceito geográfico associado a uma área onde existem relações de poder e dominação no uso do espaço:

a) a Região                                   b) o Lugar                   c) o Território                                                      d) o Espaço Geográfico              e) a Paisagem

5) O conceito geográfico associado ao espaço transformado pela ação do homem e seu trabalho através de processos históricos e unidos por uma complexa rede de relações.

a) a Região                                   b) o Lugar                   c) o Território                                                  
d) o Espaço Geográfico             e) a Paisagem


Bons estudo!!!


ASSUNTO: Evolução do pensamento geográfico I -

 Sistemetização do pensamento geográfico e o

 Determinismo Ambiental




Objetivo da aula:
• Conhecer como se deu a sistematização do pensamento geografico ao longo da historia;
• Conhecer as correntes do pensamento geográfico;
• Distinguir os objetivos de cada corrente de pensamento;
• Conhecer os autores das correntes de pensamento;
• Compreender as influências das correntes de pensamento para a Ciência
Geográfica.
• Compreender seus métodos, seus procedimentos, suas abordagens;
• Compreender como é o tratamento dado à questão do subdesenvolvimento, pelas Escolas Geográficas;
• Compreender que a origem de diferentes paradigmas das correntes geográficas, tais como a deterministas, possibilista, regional, quantitativa, está relacionada a diversas formas de poder político e econômico dos Estados, servindo de base ideologica para a legitimação de interesses de determinados Estados-Nações.

Olá pessoal! Tudo Bem? hoje vamos iniciar uma nova etapa sobre o estudo de introdução a ciência geográfica. Nessa semana vamos tratar sobre o que foi a sistematização do pensamento e ensino da geografia enquanto ciência moderna. e por último caracterizar as principais correntes do pensamento geográfico. OK?



NOÇÕES PRELIMINARES
Bem pessoal! O desenvolvimento da Geografia enquanto ciência passou por muitas correntes até chegar às vertentes atuais, que nos interessam por serem constituintes do currículo atual do ensino de Geografia especificamente do ensino médio, especialmente vamos dá maior ênfase c compreensão do que seja a corrente do pensamento da Geografia Critica, da Geografia Humanística (Cultural) e por fim da Geografia Ambiental. devido essas serem as correntes trabalhadas nos principais vestibulares do Brasil e principalmente no ENEM. A partir dessas noções preliminares podemos iniciar nossa aula propriamente dita
Então vamos lá...


I. SISTEMATIZAÇÃO DO PENSAMENTO GEOGRÁFICO


A sistematização da Geografia teve inicio em meados do século XIX, com Humboldt e Ritter


- Alexandre Von Humboldt: Geógrafo alemão; foi o primeiro a relacionar clima, solo e vegetação, onde em sua obra Kosmos, mostrou que tudo funciona em plena interação.
- Karl Ritter: Geógrafo alemão; descreve a relação entre natureza e o Homem, ou seja, a influência dos fenômenos físicos na atividade humana.
IMPORTANTE:
Estes dois geógrafos criam uma Metodologia própria e um carácter sistemático para trabalhar na análise geográfica. São por isso, considerados os fundadores da Geografia Moderna.
 As correntes de pensamento geográfico que conhecemos hoje são derivadas dos trabalhos desenvolvidos por Humboldt e Ritter como já foi salientado. A partir do que eles sistematizaram vamos ter o surgimento de várias correntes de pensamento geográfico, a saber: o Determinismo Ambiental, o Possibilismo, o Método Regional, a Nova Geografia e a Geografia Crítica.
 IMPORTANTE
SABER
:
 Segundo CORREA (2000) cada uma delas com suas práticas teóricas, empíricas e políticas, seguindo uma seqüência histórica predomina e, ou coexiste com outra corrente.


Vejamos cada uma delas detalhadamente:
 II.CORRETES DO PENSAMENTO GEOGRÁFICO
Didaticamente vamos dividir as correntes em dois blocos distintos, a saber: a Geografia Tradicional e a Geografia Crítica.
- Geografia Tradicional - A geografia tradicional, descritiva, é composta ou dividida nas seguintes correntes: o Método Regional, a quantitativa (baseada em dados quantitativos, com origem nos Estados Unidos), o determinista e o possibilista, que são duas das principais correntes (com visões opositoras) formadas ao longo da história da geografia


Nesse grupo temos então:
1- O Determinismo Ambiental:
OBS.:
Antes de conceituar o que foi o determinismo ambiental, precisamos primeiro entender dois dos conceitos que são fundamentais para o entendimento do pensamento ratzeleiano:


Noções preliminares:
- o conceito de Determinismo Geográfico: É a idéia que um meio natural determina o grau desenvolvimento de uma população ou uma nação.


Exemplificando:
Segundo Ratzel um meio natural mais hostil proporcionaria um maior nível de desenvolvimento ao exigir um alto grau de organização social para suportar todas as contrariedades impostas pelo meio.
- o conceito de Espaço Vital: é o espaço necessário a sobrevivência de uma comunidade.
Exemplificando:
Segundo Ratzel os grupos humanos, ao crescer, tendem(poderiam) a alargar os seus territórios, tendo o direito de ocupar territórios vizinhos.Isto é, uma nação com um desenvolvimento nível de desenvolvimento mais elevado poderia apropria-se dos recurso naturais de outras nações com nível desenvolvimento menos elevado,por exemplo, as nações industrializadas européia poderiam se apropriar do recursos naturais dos países africanos e asiaticos como ocorreu no período do chamado IMPERIALISMO.
Agora de onde Ratzel tirou essas idéias de:

“O homem como produto do meio” (Determinismo Geográfico)
“A idéia de Espaço Vital”
Bem pessoal! Todo o pensamento de Ratzel foi influenciado fortemente pelas ideias evolucionista de Charles Drawin.

IMPORTANTE:
Na análise de Ratzel sobre a teoria evolucionista ficou claro para ele que a luta entre as espécies se dava basicamente pelo espaço, o espaço era portanto poder, e meio de existência. A partir dessa observação ele concluiu então que essa disputa também se aplicaria à humanidade. Ratzel extrai dai um dos seus principais conceitos e o chamou de “Lebensraum, ou espaço vital”. Ratzel passou a acreditar que o espaço era vital para a sobrevivência de uma nação.
Nesse sentido, para Ratzel os homens deveriam procurar organizar o espaço para garantir a manutenção da sua vida não só individual, mas principalmente a vida coletiva. Seguindo o raciocínio ratzeliano o maior sinal da decadência de uma sociedade consistiria na perda do território, enquanto o expansionismo seria algo inevitável para uma sociedade que estivesse progredindo.


Por quê ? Ratzel vive um contexto do surgimento e organização da geografia que está relacionado com o processo Imperialismo e expansionismo das grandes potências européias entre os séculos XVII e XIX.

Obs.: Isso estruturado sobre as bases do positivismo.

IMPORTANTE: O que foi mesmo o Determinismo Ambiental? Foi o primeiro paradigma a caracterizar a geografia que emerge no final do século XIX. Teve como principal personagem o alemão Ratzel. Seus defensores afirmam que as condições naturais determinam o comportamento do homem, interferindo na sua capacidade de progredir.

Segundo CORREA (2000 ) essa interpretação de “determinação acabou servindo como ferramenta para ocultar uma ideologia das classes dominantes. Ratzel cria conceitos como : espaço vital, região natural, fator geográfico e condição geográfica.
OBS.:
Para Ratzel O HOMEM sofre ação do MEIO NATURAL e por isso ele o ver como um sujeito passivo. Isto é, que sofre a ação de um outro agente exterior a ele homem.


Contextualizando:No final do século XIX e início do século XX, a geografia determinista pregada pelo alemão Ratzel afirmava que nas áreas temperadas a humanidade teria tido um desenvolvimento mais elevado em relação as áreas tropicais (quentes e úmidas).


OBS:.Mas por que se afirmavam isso? Segundo Ratzel as regiões temperadas (Europa) por ter um meio natural mais hostil (frio) proporcionaria então um maior nível de desenvolvimento ao exigir um alto grau de organização social de seus habitantes para suportar todas as contrariedades impostas pelo meio. E afirmava também que nas regiãos tropicais onde o clima era menos agressivo, as dificuldades impostas pelo meio determinava que os seus habitantes fossem preguiçosos e indolentes, e isso era devido o clima quente = atrassados


QUESTIONAMENTOMas será que isso era mesmo verdade? Claro que não!!


Por exemplo, Isso seria o mesmo que dizer que o problema do Nordeste do Brasil é a seca (frase determinista). Observe que essa frase traz a ideia que as condições ambientais, em especial o clima, é capaz de influenciar o desenvolvimento socioeconômico do espaço nordestino. E isso não é verdade. Sabe-se que o problema do nordeste não são as secas mas as cercas e a falta de políticas públicas para desenvolver a região.Observa que essas idéias são carregadas de racismo. Isto é, uma raça é melhor que a outra.

IMPORTANTE:
Essa idéia de determinismo geográfico foi usado pelo Nazismo, (política expansionista e totalitária da Alemanha no pós I Guerra), que algumas nações tinham suas sociedades mais desenvolvidas. Isto é, uma diferença entre os povos, e isso implicou na formulação da idéia de superioridade de algumas raças.

Obs.: nesse caso a alemã – que naturalmente se desenvolveria mais que as outras. E que como raça superior precisaria de espaço e recursos naturais para se desenvolver. E ai, entra o conceito de Ratzel de Espaço Vital. Isto é, a idéia de que a Alemanha tinha de conquistar seu “espaço vital”, ou seja, mercados consumidores e fornecedores de matéria-prima.

Essas idéias justificariam o que?

1º a idéia do DIREITO Alemão de conquistar o mundo e a criação da GRANDE Alemanha habitada pela raça ariana considerada por eles como superior, justificando dessa maneira mesmo até a perseguição e o extermínio de outras raças, no desenrolar da II Guerra Mundial.

IMPORTANTE:
Tudo isso ocorreu graças ao conceito de ESPAÇO VITAL que justificava a conquista de novos territórios para suprir a maior demanda de recursos para seu desenvolvimento, ou seja, por meio da ampliação do espaço vital necessário para sustentar essa sociedade.
Quadro síntese:

ASSUNTO: Evolução do pensamento geográfico II e o
Possibilismo.

Objetivo da aula:
• Conhecer como se deu a sistematização do pensamento geografico ao longo da historia;
• Conhecer as correntes do pensamento geográfico;
• Distinguir os objetivos de cada corrente de pensamento;
• Conhecer os autores das correntes de pensamento;
• Compreender as influências das correntes de pensamento para a Ciência
Geográfica.
• Compreender seus métodos, seus procedimentos, suas abordagens;
• Compreender como é o tratamento dado à questão do subdesenvolvimento, pelas Escolas Geográficas;
• Compreender que a origem de diferentes paradigmas das correntes geográficas, tais como a deterministas, possibilista, regional, quantitativa, está relacionada a diversas formas de poder político e econômico dos Estados, servindo de base ideologica para a legitimação de interesses de determinados Estados-Nações.

Contextualizando:
No fim do século XIX, em 1870 com o fim da guerra franco prussiana a Alemanha anexou Alsácia e Lorena a seu território (domínio). A vitória da Alemanha sobre a França, foi atribuída pelo governo francês ao ensino ministrado no país, que foi considerado de baixa qualidade quando comparado com o ensino da Alemanha. Isto é, a perda da guerra foi atribuída não ao exército alemão, e sim à geografia, como ela era ensinada e aplicada.


Foi neste contexto que surgi na França do século XIX uma outra corrente de pensamento geográfico, a corrente possibilista, como uma reação ao determinismo geográfico alemão e ao seu expansionismo.


Foi portanto, o segundo paradigma a caracterizar a geografia do final do século XIX. Teve como principal personagem o francês Paul Vidal de La Blache. Seus defensores negam qualquer forma de determinação do homem pela natureza isto é, que o homem fosse um produto do meio, e adota a idéia de que a ação humana é marcada pela contingência. Nessa nova perspectiva a natureza é considerada como fornecedora de possibilidades para se quisesse o homem poderia modificá-la a seu favor. Assim bastaria que o homem interviesse nessa, adequado-a as suas necessidades.


ISTO É: O Homem tem a possibilidade de mudar o Meio se quiser. Assim, na perspectiva vidalina, a natureza passou a ser vista como possibilidades para a ação humana; daí o nome de Possibilismo dado a esta corrente por Lucien Febvre


Resumindo: Os adeptos da perspectiva possibilista não atribuem às condições ambientais a responsabilidade absoluta pela pobreza da população regional. Para os possibilista, o meio ambiente pode oferecer possibilidades que serão ou não aproveitadas em função do gênero de vida, das necessidades etc. daspopulações.  O que La Blache, traz de novo para o campo da análise geográfica é que o homem se adapta ao meio, além de modificá-lo.


Para La Blache O HOMEM não sofre ação do MEIO NATURAL e sim agi sobre o MEIO por isso ele o ver como um sujeito ativo. Isto é, que pratica a ação sobre um outro agente exterior a ele homem.
Isto é: La Blache concorda que o homem é um agente geográfico que atua sobre o meio natural, de acordo com seu pensamento o homem não só tem influência no meio natural, como tem a opção de criar possibilidades para sobreviver.

Além do conceito de região La Blache introduz um outro conceito fundamental pra entender a sua teoria é o de gênero de vida, onde defendia que os povos que foram colonizados pelos europeus acabaram sendo beneficiados culturalmente. Esse conceito legitimava o domínio dos povos asiáticos e africanos pelos franceses.




  O homem estaria inserido nessa complexa rede de relações, sendo ora passivo, ora
ativo, pois quando se depara com as possibilidades do meio, tem inteligência para aumentar
os recursos e utilizá-los de forma satisfatória. 
  Prosseguindo a análise, o conceito de modo de vida está inserido num contexto que
não perpassa a neutralidade. As disputas históricas entre potências européias  inserem as
monografias  regionais vidalianas numa  feição de  legitimação do  imperialismo  francês e do
sistema burguês estabelecido. 
  Nessa  concepção,  a  obra  fundamental  de Paul Vidal  de  La Blache,  “Princípios  de
Geografia  humana”,  reporta  aos  povos  ditos  primitivos,  sua  dependência  em  relação  ao
meio e quais os fatores que colocaram a superação dos obstáculos que a natureza oferecia. 
  O  autor  diz  que  a  tendência  foi  a  aglomeração  de  núcleos  humanos  ao  longo  do curso  de  rios,  constituindo  áreas  mais  propensas  à  vida.  A  partir  disso,  ocorreu  uma
separação por obstáculos, como montanhas. Nesse isolamento, em sua relação com o meio
o homem  teria engendrado  seu modo de  vida,  levando à  criação de  técnicas  capazes de
transformar o ambiente (LA BLACHE, 1954, p.40).
  Analisados  a  partir  de  ideias  darwinistas,  os  isolamentos  levaram  à  formação  de
“raças”. Em alguns casos, a população ficaria estagnada em seus hábitos, assemelhando-se
às sociedades animais, por serem presas, historicamente, à mesma forma de interação com
o meio (LA BLACHE, 1954, p. 80-84).
  Concluindo  a  obra,  então,  o  autor  diz  que  o meio  europeu  teria  sido  muito  mais
exigente,  por  isso  a  população  que    vive  fez  um  povoamento  original,  concentrado  a
principal massa da humanidade, capaz de uma “evolução” mais complexa. Os povos teriam
uma  tendência  inerente  ao  aperfeiçoamento.    culturas  pontuais  e  outras  capazes  de
transmitir seus progressos. A Europa ocidental teria apresentado, num movimento histórico,
um desenvolvimento quase contínuo, o que não ocorrera com as civilizações da África e da Ásia, habitantes das zonas de deserto e de estepes. Por isso, os europeus deveriam alastrar
seu “progresso” e “evolução” para outros gêneros de vida (LA BLACHE, 1954, p.277-278).


 

Atividade de Fixação

01.(UFC - 2009) Existem diferentes modos de entender o espaço geográfico e de analisar e explicar a relação da sociedade com a natureza. Acerca dessa relação, assinale a alternativa que associa corretamente o posicionamento das correntes do pensamento geográfico ao seu modo de compreender a problemática da Amazônia ou de opinar sobre a intervenção humana na Região.
A) Os adeptos do Determinismo Geográfico culpam a gestão pública inadequada pela pobreza e pelo abandono em que vivem as populações locais.

OBS: Segundo a concepção determinista, o ambiente natural (e não as condições políticas ou sociais) definiria as características da organização do espaço, portanto a alternativa A é ..??????

B) Os seguidores da Geografia Quantitativa combatem o uso de recursos técnico-científicos modernos na reorganização do espaço regional.

OBS: Os quantitativos são pragmáticos e defendem o emprego dos mais modernos recursos técnico-científicos como forma de compreender e interferir no espaço geográfico, o que torna a ...???.

C) Os defensores do Possibilismo atribuem às condições climáticas e à existência de solos desfavoráveis a responsabilidade pela pobreza da população regional.

OBS: Os adeptos da perspectiva possibilista não atribuem às condições ambientais a responsabilidade absoluta pela pobreza da população regional. Para os possibilistas, o meio pode oferecer possibilidades que serão ou não aproveitadas em função do gênero de vida, das necessidades etc. das populações; portanto, é também alternativa é...???

D) Os defensores de uma perspectiva crítica explicam a problemática da Região como resultante de uma integração dos fatores naturais com os socioeconômicos.

GABARITO: D

OBS: Os defensores de uma perspectiva crítica explicam a problemática da Região como resultante de uma integração entre fatores naturais e, principalmente, socioeconômicos, e defendem uma postura crítica em relação à intervenção da Geografia na organização do espaço. Essa ciência deveria contribuir para que o espaço não apresentasse tanto desequilíbrio social e não se expusesse ao risco de degradação.
E) Os que buscam compreender o espaço a partir de elementos culturais responsabilizam os povos indígenas pela condição atual de degradação da Região.

OBS: A compreensão da organização do espaço amazônico a partir do estudo dos aspectos culturais de seus habitantes nativos reforça a certeza de que são os exploradores exógenos, e não a população nativa, os maiores responsáveis pela degradação da Região. A alternativa é..

02 A seca, no sertão nordestino, é um problema climático, mas a agricultura pode ser desenvolvida através da transposição de águas de rios, perfurações de poços e construção de canais. Essa visão corresponde a idéia de qual corrente?

a) Geografia da Percepção                   b) Possibilismo
c) Geografia Quantitativa                      d) Determinismo
e) Crítica

03. (Ufpe) Vamos supor que um determinado pesquisador escreveu o seguinte texto sobre a Amazônia brasileira.

"A Amazônia brasileira, uma das principais regiões do País, está fadada ao subdesenvolvimento. O distanciamento físico entre ela e as demais regiões e as condições naturais extremamente adversas impedem ou dificultam consideravelmente qualquer tentativa governamental de promover o crescimento econômico regional. É praticamente impossível pensar em desenvolvimento num espaço geográfico caracterizado por um clima com elevadas temperaturas médias mensais, uma umidade relativa do ar excessiva e solos bastante lixiviados."
Esse pesquisador está defendendo idéias que podem ser consideradas como nitidamente:

a) marxistas.                       b) possibilistas.                 
c) neo-liberais.                   d) neo-malthusianas.         
e) deterministas.

04 A partir da citação de E. Huntington : "Os climas temperados são excelentes para a civilização... o calor excessivo, debilita... e o frio excessivo, estupidifica", pode-se ter idéia da concepção do pensamento geográfico:

a) geopolítico                 b) crítico                 
 c) possibilista              d) determinista

1ª Aula: ASSUNTO: Evolução do pensamento geográfico III e o Método Regional


Objetivo da aula:
• Conhecer como se deu a sistematização do pensamento geografico ao longo da historia;
• Conhecer as correntes do pensamento geográfico;
• Distinguir os objetivos de cada corrente de pensamento;
• Conhecer os autores das correntes de pensamento;
• Compreender as influências das correntes de pensamento para a Ciência
Geográfica.
• Compreender seus métodos, seus procedimentos, suas abordagens;
• Compreender como é o tratamento dado à questão do subdesenvolvimento, pelas Escolas Geográficas;
• Compreender que a origem de diferentes paradigmas das correntes geográficas, tais como a deterministas, possibilista, regional, quantitativa, está relacionada a diversas formas de poder político e econômico dos Estados, servindo de base ideologica para a legitimação de interesses de determinados Estados-Nações.


Então vamos lá pessoal!! 


CONTEXTUALIZANDO:

O terceiro paradigma da geografia que é o Método Regional (Estudos das diferenciações das áreas) que vem contrário ao Possibilismo e ao Determinismo. As bases filosóficas foram desenvolvidas por Richard Hartshorne. Este não utilizava o termo região: para ele os espaços eram divididos em classes de área, nas quais os elementos mais homogêneos determinariam cada classe, e assim as descontinuidade destes trariam as divisões das áreas.


Este pensamento geográfico ficou conhecido como método regional. - O método era comparar regiões, segundo critério de similaridade e de diferenciação.


IMPORTANTE:
Nele, a diferenciação de áreas é vista através da integração de fenômenos heterogêneos em uma dada porção da superfície da Terra. Focalizando assim o estudo de áreas e atribuindo à diferenciação como objeto de geografia.


OBSERVAÇÃO:


Embora o método regional tenha merecido a atenção dos estudiosos desde os séculos XVIII e XIX, como por exemplo, em La Blache, a ideia de região na geografia só vai realmente ganhar maior evidência a partir da década de 40 do século XX, pois a geografia passa a fazer um estudo particularizado de cada área. Nesse contexto para esses geógrafo era preciso criar uma geografia de nível regional para saber o potencial de cada região para melhor explorá-las de maneira mais sistematizada.




Exemplificando:


Hoje em dia a geografia tem um conceito próprio para lhe dar com o conceito de vegetação. Que conceito é esse? é o conceito de domínio morfoclimático que é um conceito síntese. Nele estão sintetizado as caracteristicas do relevo, do clima, da hidrografia, do tipo de solo predominante de uma determinada área na sua vegetação.


A ideia de dominio morfoclimatico foi de criar um conceito que sintetizasse a interação de todos os elementos presente na natureza, representados no  aspecto mais visível dessa integração que é a vegetação. Por isso, ele é considerado um conceito síntese a medida que ele integra o clima, o relevo, o solo a hidrografia e a vegetação e contemple as interações entre esses elementos.


Esse conceito coinside com a ideia de região geográfica pois o conceito de REGIÃO é que essa é uma área (porção do espaço geográfico) que foi separada, através de um critério, por possuir semelhança em comum.
Dessa forma, o dominio morfoclimático, por exemplo, da Amazônia corresponde a uma área (porção do espaço geográfico) que foi separada, através de um critério, por possuir semelhança em comum,a partir da interação de todos os elementos presente na natureza, representados no  aspecto mais visível dessa integração que é a vegetação. por possuir  semelhança em comum. a vegetação da floresta  amazonica ou equatorial úmida


 Concluíndo:
um porção do espaço geográfico correlacionado com continuidade e contiguidade (vizinhança), possuindo delimitação e características semelhantes,
Um outro exemplo, poderia ser como é trabalhada a geográfia dos continentes nos livros didáticos. 
Atividade de Fixação:


2ª Aula: ASSUNTO: Evolução do pensamento geográfico IV e a Nova Geografia ou Geografia Teórica- Quantitativa.

Objetivo da aula:
• Conhecer como se deu a sistematização do pensamento geografico ao longo da historia;
• Conhecer as correntes do pensamento geográfico;
• Distinguir os objetivos de cada corrente de pensamento;
• Conhecer os autores das correntes de pensamento;
• Compreender as influências das correntes de pensamento para a Ciência
Geográfica.
• Compreender seus métodos, seus procedimentos, suas abordagens;
• Compreender como é o tratamento dado à questão do subdesenvolvimento, pelas Escolas Geográficas;
• Compreender que a origem de diferentes paradigmas das correntes geográficas, tais como a deterministas, possibilista, regional, quantitativa, está relacionada a diversas formas de poder político e econômico dos Estados, servindo de base ideologica para a legitimação de interesses de determinados Estados-Nações.

Nessa segunda aula vamos abordar as principais características do quarto paradigma do pensamento geográfico. Trata-se da Geografia Quantitativa ou Teorética. Então vamos lá!!


Noções Preliminares:


O quarto paradigma da geografia é o da A Geografia Teórico-Quantitativa ou Nova Geografia. o momento histórico, que se formou e se consolidou esta corrente foi muito marcada pela a situação sócio-econômica que vivia o mundo no pós-Segunda Guerra. O cenario de destruição fez com que os geógrafos buscassem novas formulações para superar a crise econômica capitalista. Esta corrente efetua uma crítica a geografia tradicional pela sua insuficiência da análise tradicional. “Os números servem para o Estado interferir na realidade”. Caracterizada pelo uso de métodos matemático-estatísticos, essa nova geografia desenvolveu-se principalmente nas décadas de 1960 e 70. Na essência buscava a substituição do trabalho de campo pelos experimentos laboratoriais, com muitas mensurações, dados estatísticos, gráficos e tabelas bastante sofisticadas. Foi uma corrente excludente, pouco democrática, já que boa parte desses dados era obtida por sensores e material sofisticado. A própria denominação Teorética, denominação dada a uma vertente dessa corrente, dava a idéia do rompimento com os trabalhos empíricos. A estatística era o principal caminho para se chegar à comprovação de hipóteses e esclarecimentos de fenômenos geográficos.


IMPORTANTE:


A geografia Pragmática é um instrumento da dominação burguesa. Um aparato do Estado capitalista. Suas características têm bases técnicas e planejamentos, uso da razão para orientar o desenvolvimento capitalista, tornando o conhecimento geográfico abstrato; assim os modelos matemáticos servem para analisar o espaço, agir sobre a natureza e fortalecer os investimentos do Estado em regiões homogêneas e funcionais, através de meios estatísticos.
Nessa perspectiva vários conceitos da geografia tradicional foram reformulados. Mas o principalmente o de natureza


No posicionamento teórico da Nova Geografia o conceito de natureza, passa ser visto como uma realidade inserida num espaço geométrico, matemático, hierarquizado e com finalidades voltadas para os interesses dos Estados, ou seja, a natureza deve está inserida (conforme a metodologia quantitativista) na lógica capitalista, logo a mesma passa a ser compreendida cientificamente desde que tivesse uma aplicação prática. Segundo a metodologia quantitativista a natureza é importante para o desenvolvimento econômico da região ou mesmo do país pois dela e que se extrairiam o desenvolvimento econômico onde cujos elementos deveram ser explorados. Assim, a natureza era  tida como objeto do  capital,  camuflada  sob  as  orientações  do  avanço  econômico  e  da necessidade  de  explorá-la,  pois  o  processo  industrial  necessitava constantemente de matéria-prima.


Dessa forma, a transformação da natureza é um objeto vinculado diretamente aos interesses do capitalismo. Natureza um  simples recursos disponíveis para o aperfeiçoamento econômico dos países.


Exemplificando:
No Brasil a natureza torna aliada ao desenvolvimento nacional ao ser explorada e seus recursos transformados em capital. Bem como a substituição de florestas e matas por áreas cultivadas de alimentos com elevada capacidade de aceitação no mercado externo.


No Brasil os projetos industriais são intensificados e a mecanização da agricultura fomenta um processo de absorção das terras cultiváveis por um pequeno número de latifundiários. Impõe para a natureza o ritmo - não mais de natureza – sim um ritmo de recursos naturais, ou seja, a mecanização da agricultura vinculada a industrialização fomentou um processo grave de degradação ambiental, conseqüentemente social.


Veja como é apresentado essa fase da corrente teorética quantitativa no  Brasil:

É função do Governo Federal fomentar o crescimento econômico como forma de melhoria da qualidade de vida da população como um todo. Por isso, todos os Governos realizam medidas para que a Economia cresça.

- Nos anos 50, Juscelino Kubitschek foi um presidente famoso pelo incentivo à indústria automobilística, à abertura de estradas e pela criação de Brasília, o que gerou crescimento econômico no país.
- Posteriormente, nos anos 70, os governos militares ficaram famosos por incentivar o desenvolvimento do país, com diversos investimentos em infra-estrutura (abertura e asfaltamento de milhares de quilômetros de estradas, construção de usinas de energia como Itaipu e outras, a Ponte Rio-Niterói, aeroportos, portos, criação do Pro-Álcool e da Telebrás etc.).


Concluíndo:
Como se viu, a  Geografia Tradicional, a surge como uma ciência à serviço do Estado, isto é,  a serviço do expansionismo territorial dos Estados, o mesmo vai ocorrer com a Teórico-Quantitativa que oferece caminhos para realocação do capital em diferentes espaços. E ainda mais, enumera  situações  que  elucidam  os  caminhos  para  essa  realocação:  a maximização dos lucros, a ampliação da acumulação do capital e a manutenção da exploração do trabalho. Reafirma-se, com  isso, a postura  intervencionista da Geografia, além de  ideológica,  já que mostra caminhos para uma ação do Estado em defesa dos interesses de classe, nada mais que uma arma no processo de dominação.


Baseada na teoria dos sistemas e modelos, essa escola serviu para análise e dominação do espaço e foi utilizada como instrumento de  apoio  para  o  expansionismo  norte-americano.  Com  o  desenvolvimento  da  cartografia aeroespacial  e  da  computação,  essa  forma  de  geografia  atingiu  seu  auge  usando  modelos matemáticos bastante complexos. O que se ver é que a funcionalidade das coisas (natureza) passa a uma subordinação de lógica desenvolvimentista puramente capitalista onde a natureza era tratada a partir de uma necessidade de um equilíbrio espacial, portanto, o espaço era fitado de forma homogênea quanto aos princípios, sobretudo, econômicos. Para isso, as contradições sociais e econômicas eram negligenciadas em nome de um desenvolvimento geral.

ASSUNTO: Evolução do pensamento geográfico V e a
Geografia Crítica.


Hoje vamos iniciar o estudo sobre mais importante correntes do pensamento geográfico que é a mais divulgada nos trabalhos do estudo do espaço geográfico brasileiro que é a corrente chamada de Geografia Crítica.  


Então vamos lá... 

Contextualizando:
Crítica as Correntes geográficas de até então:

Após a Segunda Guerra Mundial, era comum encontrar, em diferentes partes do mundo, a convivência  dessas  duas  correntes  geográficas  e  de  outras.  Nessa  época,  alguns  geógrafos, especialmente  franceses,  passaram  a  denominar  o  conjunto  das  concepções  geográficas  de Geografia Tradicional, criando perspectivas muito diferentes e a busca de novos caminhos.
 
Ao  fim  da  Segunda  Guerra,  dentre  os  acontecimentos  em  âmbito  mundial  que influenciaram o pensamento e o discurso geográfico pode-se citar a criação da Organização das Nações Unidas em 1945, que  tinha como princípios básicos: a manutenção da paz, a segurança internacional e o respeito aos direitos humanos; o processo de descolonização de inúmeros países da  África  e  da  Ásia;  a  Conferência  de  Bandung  de  1955  na  Indonésia,  sendo  que  nela  foi defendida a política de não alinhamento às  superpotências e a  rejeição à divisão do mundo  em socialistas e capitalistas, além da condenação ao colonialismo e ao neocolonialismo.


Ainda merecem destaque a criação do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Internacioanal  para Reconstrução  e Desenvolvimento  (BIRD),  também  conhecido  como Banco Mundial,  e  os  acordos  de  Breton Woods  que  estabeleceram  o  dólar  como  padrão  monetário internacional,  substituindo o ouro. Cabe  lembrar  também  a elaboração e da execução do Plano Marshall  pelos  Estados  Unidos,  parte  do  esforço  daquele  país  para  impedir  o  avanço  do socialismo no mundo. Por último, deve  ser  ressaltada a expansão das multinacionais em vários países subdesenvolvidos, favorecida por incentivos fiscais.


Dentre  as  críticas  à Geografia  Tradicional  está  o  combate  que  se  dá  entre  a Geografia Física  e  Humana,  a  Geografia  Geral  e  Regional,  por  exemplo.  Era  preciso  encontrar  novos caminhos, pois  a  Geografia  Tradicional  estava  mais  ligada  à  observação,  à  descrição  e  à explicação  da  paisagemO  que  se  buscava  era  o  que  estava  além  da  aparência,  ou  seja,  os elementos  não  visíveis  no  entendimento  da  paisagem.  A  neutralidade  científica marcada  pelopositivismo  também  era  um  problema  a  ser  resolvido. Esse momento  de  transição  comportava várias  tendências. Os críticos alegavam que a Nova Geografia e seu neo-positivismo cientificista se colocava a serviço da ideologia capitalista. Seu fraco embasamento teórico deixava a Geografia neutra como ciência crítica que deveria ser. Seu limitado instrumento estatístico era ineficaz ao estudo sócio-econômico e às explicações históricas dos fenômenos. Alguns ainda contestavam a própria eficiência matemática.

Nossos preliminares:

IMPORTANTE: Pró-capitalismo

- A origem de diferentes correntes do pensamento geográfico tais como a Determinista, a Possibilista, a "Teorética", está relacionada às diferentes formas de dominação político-econômica exercidas pelos Estados. Isto é, é um instrumento da dominação burguesa. Um aparato do Estado capitalista. Isto é, Sempre serviu de esteio científico para a expansão do capitalismo, oferecendo-lhe maior conhecimento dos espaços e das sociedades de muitas colônias. Até o surgimento da geografia Crítica. Dessa forma podemos dizer que O Estado capitalista sempre desempenhou um papel de expressiva importância no processo de produção do espaço geográfico. Determinando o tipo de geografia a ser ensinada nas escola.




IMPORTANTE: anti-capitalismo

- Na atualidade, as propostas da Geografia Crítica, como instrumento de liberação do homem, opõem-se às postulações da Geografia Pragmática e às da Geografia Tradicional.

 

O QUE É A GEOGRAFIA CRÍTICA?
A Geografia Crítica é a geografia direcionada ao pensamento marxista. Na Geografia Marxista o espaço é movido pelas contradições presentes e por um processo dialético, por exemplo: a existência e manutenção dos países ricos é sustentada a partir da existência dos países pobres, um é parte do outro, em um processo que se forma através do tempo em um  materialismo histórico que se constitui pelos processos sociais que se relacionam pela produção e reprodução da base material da vida. que se constitui pelos processos sociais que se relacionam pela produção e reprodução da base material da vida.

Nessa Escola os seus geógrafos se empenharam na tarefa da elaboração de um  levando ao entendimento deste mecanismo o materialismo histórico juntamente com o método dialético.
Na teoria da dialética espacial na qual a descrição obvia do espaço em centro e periferia é rapidamente ultrapassada a fim de se atingi-se a análise mais complexa das relações espaciais. As relações espaciais são vistas como refletindo as relações sociais; se, nas relações sociais,algumas pessoas trabalhar para sustentar as outras, então no espaço as pessoas da periferia trabalham para sustentar as pessoas dos centros metropolitanos, inevitavelmente estabelecendo contradições e conflitos espaciais
Então nessa perspectiva o espaço geográfico é visto como a própria sociedade (espacializada), fruto da reprodução do modo capitalista de produção. A Geografia Crítica na sua versão Radical (ou marxista) assume a característica de uma ciência militante voltada a denunciar e combater as contradições, injustiças e desigualdades sociais.Surge uma ciência com caráter social e até mesmo revolucionário.
A geografia é uma prática social em relação à superfície terrestre” (YvesLacoste).
A questão do espaço não pode ser uma resposta filosófica para problemas filosóficos, mas uma resposta calcada na prática social” (David Havey).
O espaço é a morada do homem, mas pode ser também sua prisão”(Milton Santos).

fonte: GEOGRAFALANDO

Nenhum comentário:

Postar um comentário